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Mostrando postagens de março, 2014

Maricultura Intensiva

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Na década de 1960, chega-nos do Japão uma inovação importante no sector da piscicultura: a jaula flutuante. Os peixes são mantidos cativos numa grande rede em forma de bolsa ancorada ao fundo e mantida à superfície por uma estrutura flutuante retangular ou circular, concebida originalmente em bambu, material que foi rapidamente substituído pelo plástico. Os japoneses utilizavam este sistema para a engorda de charuteiros e douradas. A ideia foi importada para a Europa, onde as jaulas flutuantes começaram a ser utilizadas para criar trutas arco-íris nas águas abrigadas dos fiordes noruegueses.   Neste final da década de 1960, as jaulas chegavam num momento oportuno em que uma nova espécie estava a ser investigada: o salmão do Atlântico. As maternidades desta espécie já tinham sido desenvolvidas há vários anos e produziam vastas quantidades de «smolts», ou seja juvenis já com capacidade para sobreviver em meio marinho. Passou-se rapidamente para a fase seguinte, que consistia e...

Piscicultura intensiva em água doce

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As explorações de piscicultura intensiva em água doce são normalmente constituídas por vários tanques rectangulares em betão, de tamanhos e profundidades diferentes em função dos diferentes estádios de crescimento dos peixes. São alimentadas por um canal que capta a água do rio a montante, restituindo-a a jusante, depois de a água ter percorrido todos os tanques. É o que designamos por sistema de escoamento contínuo. No final do século XIX, a truta arco-íris serviu de teste para os progressos da piscicultura europeia. Esta espécie americana revelou-se como efeito mais adaptada à aquicultura do que o seu parente europeu: é mais robusta, o seu crescimento é mais rápido e suporta maiores densidades de concentração em viveiro. Até meados do século XX, a produtividade da aquicultura permanece limitada devido a uma alimentação pouco adaptada, composta essencialmente de resíduos de peixe não transformados, e devido também a uma grande vulnerabilidade às epizootias que afectam recorrente...

Aquicultura semi-extensiva

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A policultura tradicional em albufeiras e lagunas evolui cada vez mais para modos de produção mais estruturados que designamos por aquicultura semi-extensiva. Os produtores já não se limitam a optimizar o desenvolvimento natural da albufeira ou da laguna, mas ajudam a natureza introduzindo alevins nascidos em maternidades e complementos nos alimentos. O exemplo mais ilustrativo é a criação de carpas em albufeiras, uma actividade bastante disseminada nos países da Europa Central. A aquicultura praticada em águas salobras na Europa do Sul também recorre cada vez mais às maternidades e aos alimentos industriais, o que permite compensar a escassez no recrutamento natural. Na valicultura italiana, praticada nos estuários dos rios Pó e Ádige, as lagunas são povoadas com alevins de robalo e de dourada para suprir a escassez destas espécies no seu estado natural e para compensar o desaparecimento da enguia. Nos esteros espanhóis e em Portugal, esta prática permitiu estudar novas espécie...

Doenças que mais afetam os peixes na piscicultura

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                                                                     Furunculose O Brasil é um país com grande potencial para a exploração animal e a piscicultura vem se tornando importante fonte de proteína animal, dado seu vasto território e condições climáticas favoráveis.   Houve intensificação, nos últimos anos, do interesse dessa atividade, devido a uma diminuição da pesca. Esse aumento de criatórios, entretanto, propiciou o aparecimento e desenvolvimento de algumas enfermidades, principalmente em função do confinamento. Além disso, concentrações elevadas de peixes favorecem o aparecimento de doenças em surtos epizoóticos por patógenos que têm, portanto, sua transmissão facilitada. Em condições ambientes naturais esses patógenos não seriam de grandes expressões.    O regime de confi...

Peixes ornamentais mais cultivados no Brasil

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                                                                    Acará-bandeira Atualmente no Brasil são criadas aproximadamente 900 espécies de peixes ornamentais, sendo as principais o acará-bandeira (Pterophyllum scalare) e o Acará-disco (Symphysodon discu), nativos da Bacia Amazônia; a capa ornamental e o kinguio, conhecido por japonês ou dourado, um dos mais populares no mundo. Existem no País mais de cinco mil piscicultores no setor, que respondem por 12 a 15 milhões de unidades de peixes ornamentais por ano, dos quais três milhões de kinglio e de carpa. Cada peixinho vendido pelo produtor vale de R$ 0,20 a R$ 300,00, no caso de matrizes de espécies mais valorizadas. Os peixes de aquário são mais comercializados em cidades acima de 100 mil habitantes. Ali, o peixe ornamental assegura um mercado muito ma...