A carcinicultura brasileira está apresentando uma alta taxa
de crescimento anual, passando da produção de cerca de 3.600 toneladas em 1996
para cerca de 15.000 toneladas em 1999. Em documento recente, a ABCC -
Associação Brasileira de Criadores de Camarão, projetou uma produção de 30.000
toneladas para 2000 e 50.000 toneladas para 2001, um resultado que colocará o
Brasil entre os principais produtores mundiais de camarões em cativeiro.
A carcinicultura é uma das poucas opções exeqüíveis
economicamente nas áreas estuarinas do nordeste do Brasil. Apesar das diversas
teorias em contrário, pelo menos no Brasil, existem poucos empresários, além
dos carcinicultores, dispostos a investir nestas regiões, e o poder público,
falido, não consegue promover o desenvolvimento regional. O crescimento da
atividade tem sido desordenado e, em muitos casos, ocorre à margem da lei,
considerada por muitos excessivamente restritiva, principalmente no que concerne
a proteção dos manguezais, considerados intocáveis. O fato é que, sendo uma
atividade altamente lucrativa, a carcinicultura está se expandindo
aceleradamente, gerando investimentos, empregos e exportações na ordem de
milhões de dólares. Tal desenvolvimento é altamente desejável para o país, mas
deve ser regulamentado, de modo que seja sustentável, antes que sejamos
vitimados pelos mesmos problemas ocorridos nos países lideres da atividade,
principalmente no que concerne a conservação do meio ambiente e alastramento de
epidemias de doenças.
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