Algacultura

A utilização das algas pelo homem é muito antiga. Os primeiros registros de cultivo de algas são encontrados na China (2.700 a.C). Com o decorrer do tempo, foi se descobrindo a potencialidade do cultivo de algas e sua utilização para a alimentação, rações e adubos. Muitos países atualmente cultivam algas marinhas para diversas funções, até mesmo para produções de remédios na indústria farmacêutica.
Tradicionalmente os países que cultivam algas são os Asiáticos, como Japão, China e Coréia. No início estes cultivos eram voltados para a produção de alimentos, especializando-se apenas em cultivo de algas comestíveis. O nome que se dá ao processo de se produzir algas é Algacultura, que significa cultivo de algas, sendo que nas ultimas décadas por incentivo de indústrias de processamento de algas, muitos países se especializaram nesta forma de cultivo, como: Chile, Peru, Brasil, Japão, China, Espanha, Namíbia, Venezuela, França, Estados Unidos e Cuba, dentre outros.
Usualmente se cultivam duas espécies de macroalgas (Glacilaria e Kappaphycus) por possuírem uma grande produção de biomassa, sendo extraído delas a carragenana e o ágar, substâncias que são muito utilizadas na indústria alimentícia.
Para realizar um cultivo de macroalgas deve-se buscar a espécie alvo e realizar sua extração direta de bancos naturais. Deve-se conhecer sua biologia, ecologia, fenologia, metodologia de coleta, quantidade e qualidadade sazonais dos ficocolóides. Deve ser feito um manejo nos bancos naturais, onde as algas foram coletadas para que não ocorra a destruição dos bancos naturais.
Macroalgas cultivadas:
Monostroma
Enteromorpha
Laminaria
Porphyra
Eucheuma
Kappaphycus
Glacilaria
O Japão é um grande produtor das algas Monostroma e Enteromorpha, sendo que estas algas são cultivadas em interiores de baías e estuários, onde ocorre um aporte de água fluvial. O método de cultivo das algas mencionadas acima, funciona através da sua coleta em bancos naturais e posteriormente fixando-as em redes em locais que possui variação de maré. São fixas geralmente em redes horizontalmente na coluna de água, onde possui luminosidade adequada para o crescimento, pois muita luz pode causar foto-inibição. São difíceis de serem cultivadas em locais com alto índice de turbidez.
O cultivo de microalgas apresenta elevada produtividade em biomassa seca, representando menor gasto de área de cultivo em relação a macroalgas. O cultivo de microalgas pode ser realizado em diversos terrenos, como áreas desérticas, inclusive com solo degradado. Esse cultivo pode gerar diversas safras ao longo do ano. As microalgas apresentam grande eficiência fotossintética, e ainda são grandes fixadoras de CO2.

Atualmente muitos países estão se especializando no cultivo de microalgas para a produção de biodiesel. Isto se deve ao fato que as microalgas apresentam no interior de suas células gotículas de óleos. Porém as técnicas de produção ainda são muito caras. O cultivo de microalgas é muito importante, pois servem de alimento para diversas espécies de organismos aquáticos cultivados em escala comercial e experimental. A microalga Chaetoceros calcitrans é muito utilizada na alimentação de crustáceos marinhos e moluscos bivalves.

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