Mitilicultura
A mitilicultura - criação de mexilhões - atua como agente de
mudança de atitude ao estimular ação programada na produção de alimentos, em
substituição ou complementação da tradicional forma aleatória de captura,
dependendo das condições de desenvolvimento dos criatórios. A atividade também
se reveste de importância social por promover uma forte atração na unidade
familiar, em razão de não absorver somente o trabalho masculino, mas ao
contrário, poder ser assumida por velhos, mulheres, jovens e crianças.
Aliada ao fator social, às dificuldades
econômico-financeiras do momento que atravessamos e a outros fatores, a
mitilicultura vem se apresentando como alternativa de renda satisfatória para
vários pescadores artesanais, apesar das dificuldades inerentes às mudanças de
hábitos e costumes, principalmente por requerer dedicação sistemática dos
produtores.
Aínda em fase de maturação, o Projeto que é coordenado pela
Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo e conta com o apoio técnico-financeiro
da FAO tem na transferência de tecnologia uma das principais barreiras. O
sucesso da atividade depende, em muito, da integração entre pesquisa, extensão
e produção, que formam o tripé da produção de alimentos em qualquer setor.
O planejamento da mitilicultura contempla muitas exigências,
tais como: aspecto legal da atividade, cuidados sanitários que asseguram a
qualidade do produto para consumo humano e a organização do mercado. Esses
fatores devem ser rigorosamente observados para que o desenvolvimento da
atividade se faça de forma racional, resguarde ou contribua para a preservação
dos ambientes costeiros, interferindo positivamente no processo indiscriminado
de ocupação e uso do solo.
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