Helicicultura
Termo zootécnico introduzido no Brasil no ano de 1983,
correspondente à criação de moluscos exóticos europeus Helix spp.,
principalmente a espécie Cornu (= Helix) aspersa, praticada tanto em
confinamento ao ar livre (sistema tradicional de parques helicicultores) ou por
verticalização em prateleiras com caixas plásticas ou madeira, sendo que no
território brasileiro estes caracóis (= escargots), tradicionais iguarias da
culinária francesa, chegaram a bordo de navios europeus que atravessaram o
Atlântico desde meados do século XIX, mais especificamente entre as bagagens de
imigrantes italianos (década de 1930 no RS) e alemães (década de 1940 em SC),
já no início do século XX, ocorrendo a sua criação caseira para consumo
exclusivamente familiar nos Estados do sul do Brasil, especialmente no Rio
Grande do Sul, onde ainda hoje se lhes encontra adaptados em vida livre,
virando séria praga em algumas localidades urbanas e agrícolas inclusive.
As primeiras projeções conhecidas sobre tentativas do
desenvolvimento desta atividade no país acontecem no território de São Paulo da
década de 1960, vindo a seguir neste mesmo Estado, na década de 1970, a
primeira tentativa de introdução no Brasil do exótico Helix pomatia Linnaeus,
1758 (finalmente consolidada no Rio de Janeiro em 1981), assim como o inicio em
1979 de criações experimentais do Helix aspersa, definitivamente estabelecidas
em 1981, com a paralela introdução de uma 3ra. espécie exótica: o Helix lucorum
Linnaeus, 1758.
A década de 1980, particularmente ficou marcada na história
da Helicicultura nacional pelos auges e depressões experimentados pela criação
racional de Escargots no Brasil, cujo teatro de acontecimentos se desenvolveu
sobre tudo na região do Estado do Rio de Janeiro.
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