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Mostrando postagens de 2014

Maricultura Intensiva

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Na década de 1960, chega-nos do Japão uma inovação importante no sector da piscicultura: a jaula flutuante. Os peixes são mantidos cativos numa grande rede em forma de bolsa ancorada ao fundo e mantida à superfície por uma estrutura flutuante retangular ou circular, concebida originalmente em bambu, material que foi rapidamente substituído pelo plástico. Os japoneses utilizavam este sistema para a engorda de charuteiros e douradas. A ideia foi importada para a Europa, onde as jaulas flutuantes começaram a ser utilizadas para criar trutas arco-íris nas águas abrigadas dos fiordes noruegueses.   Neste final da década de 1960, as jaulas chegavam num momento oportuno em que uma nova espécie estava a ser investigada: o salmão do Atlântico. As maternidades desta espécie já tinham sido desenvolvidas há vários anos e produziam vastas quantidades de «smolts», ou seja juvenis já com capacidade para sobreviver em meio marinho. Passou-se rapidamente para a fase seguinte, que consistia e...

Piscicultura intensiva em água doce

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As explorações de piscicultura intensiva em água doce são normalmente constituídas por vários tanques rectangulares em betão, de tamanhos e profundidades diferentes em função dos diferentes estádios de crescimento dos peixes. São alimentadas por um canal que capta a água do rio a montante, restituindo-a a jusante, depois de a água ter percorrido todos os tanques. É o que designamos por sistema de escoamento contínuo. No final do século XIX, a truta arco-íris serviu de teste para os progressos da piscicultura europeia. Esta espécie americana revelou-se como efeito mais adaptada à aquicultura do que o seu parente europeu: é mais robusta, o seu crescimento é mais rápido e suporta maiores densidades de concentração em viveiro. Até meados do século XX, a produtividade da aquicultura permanece limitada devido a uma alimentação pouco adaptada, composta essencialmente de resíduos de peixe não transformados, e devido também a uma grande vulnerabilidade às epizootias que afectam recorrente...

Aquicultura semi-extensiva

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A policultura tradicional em albufeiras e lagunas evolui cada vez mais para modos de produção mais estruturados que designamos por aquicultura semi-extensiva. Os produtores já não se limitam a optimizar o desenvolvimento natural da albufeira ou da laguna, mas ajudam a natureza introduzindo alevins nascidos em maternidades e complementos nos alimentos. O exemplo mais ilustrativo é a criação de carpas em albufeiras, uma actividade bastante disseminada nos países da Europa Central. A aquicultura praticada em águas salobras na Europa do Sul também recorre cada vez mais às maternidades e aos alimentos industriais, o que permite compensar a escassez no recrutamento natural. Na valicultura italiana, praticada nos estuários dos rios Pó e Ádige, as lagunas são povoadas com alevins de robalo e de dourada para suprir a escassez destas espécies no seu estado natural e para compensar o desaparecimento da enguia. Nos esteros espanhóis e em Portugal, esta prática permitiu estudar novas espécie...

Doenças que mais afetam os peixes na piscicultura

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                                                                     Furunculose O Brasil é um país com grande potencial para a exploração animal e a piscicultura vem se tornando importante fonte de proteína animal, dado seu vasto território e condições climáticas favoráveis.   Houve intensificação, nos últimos anos, do interesse dessa atividade, devido a uma diminuição da pesca. Esse aumento de criatórios, entretanto, propiciou o aparecimento e desenvolvimento de algumas enfermidades, principalmente em função do confinamento. Além disso, concentrações elevadas de peixes favorecem o aparecimento de doenças em surtos epizoóticos por patógenos que têm, portanto, sua transmissão facilitada. Em condições ambientes naturais esses patógenos não seriam de grandes expressões.    O regime de confi...

Peixes ornamentais mais cultivados no Brasil

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                                                                    Acará-bandeira Atualmente no Brasil são criadas aproximadamente 900 espécies de peixes ornamentais, sendo as principais o acará-bandeira (Pterophyllum scalare) e o Acará-disco (Symphysodon discu), nativos da Bacia Amazônia; a capa ornamental e o kinguio, conhecido por japonês ou dourado, um dos mais populares no mundo. Existem no País mais de cinco mil piscicultores no setor, que respondem por 12 a 15 milhões de unidades de peixes ornamentais por ano, dos quais três milhões de kinglio e de carpa. Cada peixinho vendido pelo produtor vale de R$ 0,20 a R$ 300,00, no caso de matrizes de espécies mais valorizadas. Os peixes de aquário são mais comercializados em cidades acima de 100 mil habitantes. Ali, o peixe ornamental assegura um mercado muito ma...

Parque aquícola

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Parque aquícola é um espaço físico contínuo em meio aquático, delimitado, que compreende um conjunto de áreas aquícolas afins, em cujos espaços físicos intermediários podem ser desenvolvidas outras atividades compatíveis com a prática da aquicultura . Por sua vez, área aquícola é um espaço físico contínuo em meio aquático, delimitado, destinado a projetos de aquicultura, individuais ou coletivos.

Espécies mais cultivadas na água doce

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Com 12% da água doce disponível do planeta, um litoral de mais de oito mil quilômetros e ainda uma faixa marítima, ou seja, uma Zona Econômica Exclusiva (ZEE), equivalente ao tamanho da Amazônia, o Brasil possui enorme potencial para a aquicultura. Apenas com o aproveitamento de uma fração desta lâmina d’água é possível criar com fartura, de forma controlada, peixes, crustáceos (camarões etc.), moluscos (mexilhões, ostras, vieiras etc.) e algas, entre outros seres vivos. No Brasil, diferentes espécies de pescado são cultivadas, porque elas variam de acordo com as condições geográficas das regiões. A seguir são apresentadas informações sobre as principais espécies cultivadas em água doce no Brasil e outras ainda promissoras para aquicultura nacional. Tilápia Também conhecida como Nilótica, St. Peter, St. Pierre, Chitralada, Vermelha. Originária da África. Hábito alimentar: Podem ser onívoras, herbívoras ou fitoplanctófagas, dependendo da espécie. Sistemas de cultivo: Pode...

O potencial brasileiro para aquicultura

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    Mercado é o que não falta. O consumo de pescado está em alta no mundo inteiro.  O pescado é um alimento saudável e cada vez mais procurado pela população, em todas as faixas de renda. Já as algas são um bom exemplo da diversidade de aplicação dos produtos e subprodutos do setor aquícola. Elas são empregadas desde na alimentação à fabricação de produtos cosméticos e fármacos A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o consumo anual de pescado de pelo menos 12 quilos por habitante/ano. O brasileiro ainda consome abaixo disso. Entretanto, houve um crescimento de 6,46 kg para 9,03 kg por habitante/ano entre 2003 e 2009. O programa “Mais Pesca e Aquicultura”, do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), previa o consumo de 9 kg por habitante/ano apenas em 2011.  Portanto, esta meta foi atingida com dois anos de antecedência. A previsão é de que até 2030 a demanda internacional de pescado aumente em mais 100 milhões de toneladas por ano, de acordo com a Or...

Espécies mais cultivadas na aquicultura no Brasil

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Atualmente cada região brasileira vem se especializando em determinados tipos de pescado. Na Região Norte predomina peixes como o tambaqui e o pirarucu. No Nordeste a preferência é pela tilápia e pelo camarão marinho. No sudeste a tilápia tem grande presença na aquicultura. No sul predominam as carpas, as tilápias, as ostras e os mexilhões. Já no centro-oeste os destaques são o tambaqui, o pacu e os pintados. Nos parques aquícolas continentais, os peixes preferidos são a tilápia, o pacu, o tambaqui e a pirapitinga. A legislação brasileira limita a criação de espécies exóticas nos diferentes corpos de água, exceto quando a espécie já esteja comprovadamente detectada em uma bacia hidrográfica, de acordo com a Portaria do IBAMA n°145/N, de 29 de outubro de 1998. Outras espécies nativas devem fortalecer a aquicultura nacional nos próximos anos, como é o caso do beijupirá (Rachycentron canadum), um peixe que já está sendo criado em cativeiro em alto mar na costa de Pernambuco, de alt...

Criação de peixes ornamentais

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A criação de peixes ornamentais difere da piscicultura de peixes de corte quanto às dimensões e tipos de estruturas utilizadas. O Brasil conhece pouco o potencial de mercado de criação de peixes ornamentais. A atividade ainda tem um perfil de agricultura familiar, mas a piscicultura ornamental é uma opção de investimento rentável para os interessados em iniciar uma atividade no agronegócio. O processo de licenciamento e regularização dos empreendimentos é complexo e os custos são elevados. Apesar das dificuldades, iniciativas de sucesso têm sido articuladas entre profissionais das diferentes instituições envolvidas com o setor. São mais de duas mil e quinhentas espécies aptas para o comércio. Na piscicultura ornamental podem ser utilizadas diferentes estruturas, como os viveiros escavados em terra e protegidos com tela antipássaros. O criador também pode optar por pequenos tanques revestidos por material impermeabilizante e localizados dentro de ambientes protegidos, como as estu...

Demanda por pescado incentiva piscicultura no Brasil

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A criação de peixes em cativeiro no Brasil é um ramo da economia que demonstra crescimento significativo em virtude de vários fatores que favorecem essa atividade, fazendo com que ela tenha grandes chances de se tornar um negócio bem sucedido e lucrativo. Os principais fatores são: o clima tropical propício, a grande reserva de água doce para abastecer os tanques de criação, a enorme quantidade de terras disponíveis para a construção dos centros de piscicultura, a presença de mão de obra abundante e a intensa demanda por pescado no mercado.   O peixe é um dos alimentos mais apreciados no meio gastronômico pelo seu sabor suave, pelo baixo teor de gordura, pelo alto teor proteico e, principalmente, por ser a principal fonte de ômega 3. O ômega 3 é uma gordura que proporciona grandes benefícios à saúde, especialmente em gestantes e idosos. Entre outras inúmeras vantagens ao organismo, ele previne doenças degenerativas e cardiovasculares, o câncer e o diabetes. Além disso, é um do...

Octopudicultura

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Termo zootécnico cunhado no Brasil pelo ano de 2004, no Estado de Santa Catarina, correspondente a criação, em sistema confinado de gaiolas submersas (fase experimental), de Cefalópodes nativos pertencentes à família Octopodidae, popularmente conhecidos como "polvos", principalmente a espécie Octopus vulgaris Cuvier, 1797. 

Algacultura

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A utilização das algas pelo homem é muito antiga. Os primeiros registros de cultivo de algas são encontrados na China (2.700 a.C). Com o decorrer do tempo, foi se descobrindo a potencialidade do cultivo de algas e sua utilização para a alimentação, rações e adubos. Muitos países atualmente cultivam algas marinhas para diversas funções, até mesmo para produções de remédios na indústria farmacêutica. Tradicionalmente os países que cultivam algas são os Asiáticos, como Japão, China e Coréia. No início estes cultivos eram voltados para a produção de alimentos, especializando-se apenas em cultivo de algas comestíveis. O nome que se dá ao processo de se produzir algas é Algacultura, que significa cultivo de algas, sendo que nas ultimas décadas por incentivo de indústrias de processamento de algas, muitos países se especializaram nesta forma de cultivo, como: Chile, Peru, Brasil, Japão, China, Espanha, Namíbia, Venezuela, França, Estados Unidos e Cuba, dentre outros. Usualmente se cult...

Maricultura no Brasil

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A maricultura  compreende as atividades humanas que são desenvolvidas nos ambientes aquáticos de água salgada. Ou seja, é o cultivo de organismo aquáticos de forma artificial uma vez que não se dá de forma espontânea na natureza, o ambiente será controlado pelo homem. Os cultivos mais importantes atualmente são os de peixes (piscicultura) o cultivo de mexilhões (mitilicultura), cultivos de ostras (ostreicultura) e o cultivo de camarões (carcinicultura). No Brasil a maricultura vem se desenvolvendo muito rápido e através de suas vertentes é no Estado de Santa Catarina que se concentra grande parte do cultivo de moluscos, colocando o país na segunda posição na América Latina  como grande produtor. Em outras regiões o cultivo de camarões, setor que atualmente, com a introdução de espécies exóticas, não mais se restringe a região nordeste, se expandindo rapidamente para o sudeste do país. Mundialmente, os países que mais produzem utilizando a maricultura são: China, Peru, ...

Cresce o setor de aquicultura no Amazonas

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A Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror) contabiliza avanço na área de aquicultura no Amazonas. O setor avançou de 3,3 toneladas, em 2003, para 10,5 toneladas, em 2010, em um aumento superior a 200%. O número de pessoas envolvidas com o pescado, hoje, chega a 150 mil pescadores, sendo 80 mil amadores e 70 mil profissionais, o que representa 5% da população ativa do Estado. Aproximadamente 51,5 mil deles recebem o salário-defeso, o que injeta R$ 105 milhões na economia da região. Na produção, o tambaqui, por exemplo, representou 80% do total destinado somente para o consumo no Amazonas. O pirarucu, proveniente de áreas manejadas, alcançou 891 toneladas. Em relação à pesca de peixe ornamental, houve produção de 25 milhões de unidades, o que contribuiu com 80% do total exportado pelo Brasil. Além disso, a pesca esportiva movimenta 12 mil turistas/ano, somente no Amazonas. Para o secretário Geraldo Bernardino, mesmo com todos esses números expressivos, é necessário inves...

Quelonicultura

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A muito variada fauna silvestre de nossa Amazônia inclui 10 espécies de quelônios de hábitos aquáticos. Destes quelônios, três se destacam por sua importância na economia local como fontes tradicionais de carne e ovos: a tartaruga-da-Amazônia (Podocnemis expansa), a tracajá (Podocnemis unfilis) e o pitiú (Podocnemis sexturbeculata).   Esses animais possuem patas espalmadas com membranas interdigitais e dedos com garras córneas úteis para agarrar e cavar. De uma maneira geral, são onívoros que se alimentam basicamente de frutos, sementes, talos, raízes de plantas aquáticas, materiais flutuantes, moluscos, crustáceos, larvas e pequenos peixes.   A tartaruga-da-Amazônia é o maior representante dos quelônios de água doce. O Estado do Pará é a maior área de desova da espécie, onde procura a calha dos grandes rios para essa finalidade. Possui elevado valor econômico por ser totalmente aproveitada, tanto na culinária onde é considerada “iguaria fina”, como nas indústrias farma...

Carcinicultura de água doce

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O camarão de água doce é, atualmente, consumido em larga escala e sua obtenção é basicamente proveniente de operações de cultivo - a carcinicultura. Existem diversas espécies nativas de camarões de água doce com potencial para criação comercial. A espécie exótica Macrobrachium rosenbergii (camarão da Malásia) é a que se encontra melhor adaptada para a atividade, superando as outras devido às suas características como o rápido crescimento, ser onívora, apresentar alta fertilidade e fecundidade, além de boa aceitação no mercado. Trata-se de uma espécie originária dos países do Indo-Pacífico (Malásia, Índia, Vietnã, Bangladesh), introduzida no Brasil em meados de 1977. O Brasil vem se destacando entre os maiores produtores mundiais de crustáceos de água doce. Atualmente, sua tecnologia de criação já é bem dominada e vem sendo adaptada de acordo com as diferentes características regionais, geo-climáticas e socioeconômicas.

Mitilicultura

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A mitilicultura - criação de mexilhões - atua como agente de mudança de atitude ao estimular ação programada na produção de alimentos, em substituição ou complementação da tradicional forma aleatória de captura, dependendo das condições de desenvolvimento dos criatórios. A atividade também se reveste de importância social por promover uma forte atração na unidade familiar, em razão de não absorver somente o trabalho masculino, mas ao contrário, poder ser assumida por velhos, mulheres, jovens e crianças. Aliada ao fator social, às dificuldades econômico-financeiras do momento que atravessamos e a outros fatores, a mitilicultura vem se apresentando como alternativa de renda satisfatória para vários pescadores artesanais, apesar das dificuldades inerentes às mudanças de hábitos e costumes, principalmente por requerer dedicação sistemática dos produtores. Aínda em fase de maturação, o Projeto que é coordenado pela Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo e conta com o apoio técnico-...

Helicicultura

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Termo zootécnico introduzido no Brasil no ano de 1983, correspondente à criação de moluscos exóticos europeus Helix spp., principalmente a espécie Cornu (= Helix) aspersa, praticada tanto em confinamento ao ar livre (sistema tradicional de parques helicicultores) ou por verticalização em prateleiras com caixas plásticas ou madeira, sendo que no território brasileiro estes caracóis (= escargots), tradicionais iguarias da culinária francesa, chegaram a bordo de navios europeus que atravessaram o Atlântico desde meados do século XIX, mais especificamente entre as bagagens de imigrantes italianos (década de 1930 no RS) e alemães (década de 1940 em SC), já no início do século XX, ocorrendo a sua criação caseira para consumo exclusivamente familiar nos Estados do sul do Brasil, especialmente no Rio Grande do Sul, onde ainda hoje se lhes encontra adaptados em vida livre, virando séria praga em algumas localidades urbanas e agrícolas inclusive. As primeiras projeções conhecidas sobre tent...

Malacocultura

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Com a perspectiva de ampliação do extrativismo no campo de alimentação e nutrição e do inesgotável engenho humano, surge o ramo agropecuário da Malacocultura, avançando e evoluindo no Brasil só a partir das primeiras décadas do século XX, gerando no seu conjunto, ao largo da sua emergente trajetória, todo um amplo espectro de sucessos e fracassos, polêmicas e expectativas. Muito longe do que se puder chegar a pensar em primeira instância, a vasta riqueza brasileira histórica e técnica compreendida pelo tema resulta notória, fascinante e impressionantemente envolvente. Malacocultura é o termo técnico utilizado, basicamente, para designar toda atividade de criação ou cultivo de Moluscos para consumo humano, sejam estes indistintamente marinhos, de águas doces ou terrestres.Praticado preferencialmente em áreas litorâneas naturalmente protegidas (enseadas e baías), nas denominadas "Fazendas Marinhas", sendo as suas atividades integralmente conhecidas sob o termo Maricultura...